Histórias da Vida

eu sinto me um passarinho sem ter asas para voar...feito rio em correntezas procurando pelo mar

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Location: Portugal

Sunday, October 03, 2010

PROCISSÃO DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE, MAIS UMA VEZ SE REALIZOU PERCORRENDO AS RUAS TIPICAS DO BAIRRO DA MOURARIA.

No dia 9 de Maio realizou-se a tradicional procissão mais emblemática de Lisboa. Organiza da pela Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde e S. Sebastião e em vésperas da visita de sua Santidade Bento XVI a Portugal, as Ruas da Mouraria Intendente e praça da Figueira encheram-se de Pessoas Cristãs praticantes ou não mas com uma enorme devoção á Senhora da Saúde. Muitos pagando promessas agradecendo graças concedidas, outros pedindo cura para suas enfermidades de seus familiares e amigos, um Mar de gente povoou nessa tarde aquele castiço Bairro Lisboeta com as ruas pejadas de rosmaninho e falado e cantado pelas mais belas vozes do Fado de Lisboa.

A presença maciça dos cristãos nesta procissão que sem ser divulgada pela Comunicação Social revela que a Igreja de Lisboa e a Igreja Católica no Mundo vai continuar a sua missão de evangelizar e levar apoio aos mais necessitados como tem feito desde á mais de 2000 Anos. No meio da multidão por lá encontrei Pessoal conhecido de Pendilhe, vi o Avantino Ferreira e esposa Celizia, falei com o António Esteves e esposa Maria e ainda minha prima Conceição Lisboa e o marido Alcino.

Esta procissão tem uma forte componente militar a Charanga a Cavalo da GNR abre a procissão com o S.Jorge montado em um dos Solípedes e os vários Andores são precedidos de uma Banda de musica militar, assim o andor de S. António é transportado por elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros seguido da respectiva Banda musical, o da S. Barbara é transportado por militares de Artilharia e Banda do Exército, S. Sebastião transportado por elementos da PSP e Banda PSP, A Banda da Força Aérea acompanha outro dos Andores, o Andor da Sri da Saúde é transportado por elementos da Irmandade e acompanhado pela Banda da Marinha, debaixo do Palio vai o Bispo das Forças Armadas e vários capelães militares e hospitalares acompanha a Banda da GNR. Várias Ordens, associações e Irmandades ligadas á Pastoral da Saúde também participam, um dos momentos mais simbólicos do percurso é quando o Andor da Sr.ª da Saúde passa próximo do Hospital de S.José para e é estrategicamente voltado para as Janelas daquele grande Hospital e os enfermos nas Janelas acenam pedindo graças para as suas enfermidades.

Há mais de quinhentos Anos a Peste Negra chegou a Portugal e a Lisboa matando mais de um terço da população entre os quais muitos militares, então estes evocaram Sebastião antigo militar e de grande devoção na época para interceder perante a avassaladora peste que invadia o País. Mais tarde o Papa Inocêncio XII concedia indulgencias plenárias á confraria Bem-aventurada Virgem Maria Senhora da Saúde que se havia de juntar á de S. Sebastião e assim nasceu o culto á Senhora da Saúde na Mouraria.


Nelson Lisboa

PEDAÇOS DE HISTÓRIA DA GUERRA DO ULTRAMAR


O ALFERES HENRIQUE FERRERA DE ALMEIDA, FOI HOMENAGEADO NA SUA TERRA NATAL, SATÃO, PELO EXÉRCITO E PELOS CAMARADAS DO SEU CURSO.

Não importa agora se a Guerra era justa ou injusta importa que as Províncias do Ultramar eram Território sobe o domínio da Bandeira Portuguesa bem como o Estado da Índia: Goa, Damão e Diu. Macau e Timor. O serviço militar era obrigatório e os jovens foram arrancados ás suas famílias para combaterem por Portugal nesses longínquos territórios para onde partiram e onde muitos perderam a vida ao serviço da Pátria.

O Alferes Henrique Ferreira de Almeida partiu para a Guiné em Janeiro de 1968 e morreu em Combate em Julho de 1968, era então um jovem Oficial de elevado espírito de missão, tenacidade e coragem que a determinada altura e por ferimento do Capitão da sua Companhia assumiu ele o Comando da mesma. Quando se encontravam em Gamdenbel. Deslocaram-se depois para Cabedul onde o seu Aquartelamento foi atacado com um grande e vigoroso potencial de fogo. Durante o ataque inimigo deslocou-se incansavelmente debaixo de fogo aos vários pontos mais ameaçados esclarecendo incentivando e orientando os seus Soldados, conseguindo assim incutir em todos um espírito agressivo e uma vontade férrea para que o ataque diminuísse de intensidade mas sendo fatal para si. Foi atingido com o fogo inimigo e faleceu em 14 de Julho de 1968 dentro do seu Posto de comunicações. Durante a Cerimonia de Homenagem um dos participantes disse o seguinte…”traz-nos aqui a vontade de conservarmos a memória do Alferes Henrique Ferreira de Almeida um Jovem que morreu com um sofrimento que nem a ciência consegue descrever. Os técnicos podem especular, mas não são capazes de nos dizer inequivocamente o que se sente naquelas alturas”. Na cerimónia estiveram presentes várias entidades militares assim como o Presidente da Câmara Municipal de Sátão Dr. Alexandre Vaz e foi Presidida pelo Chefe do Estado-maior do Exército General José Luís Pinto Ramalho. Foi descerrada uma placa de homenagem na casa onde nasceu em 1947 o Alferes Henrique ferreira de Almeida e a Câmara Municipal de Sátão atribuiu o seu nome a uma das Ruas da Localidade. Seguiu-se depois a deposição de uma coroa de flores na campa do homenageado no cemitério de S.Miguel de Vila Boa com a presença do Capelão Chefe do Exército Coronel Cláudio Ferreira (Padre da Diocese de Viseu e actualmente Pároco em Campia) que concluiu a cerimonia dedicada a um Oficial, um Jovem que pela sua acção muito havia ainda a esperar e muito prestigiou o nosso Exército e Portugal.

O nosso concelho Vila Nova de Paiva também tem os seus combatentes, alguns também tombaram nessa Guerra, seria bom que a nossa Autarquia Municipal em colaboração com a Liga dos Combatentes, homenageassem os que por lá tombaram naturais do nosso concelho erigindo-lhe um Monumento numa Praça de Vila Nova de Paiva.

Por mais homenagens que se lhes preste a qualquer nível, nunca se lhes paga o seu sofrimento e de suas famílias. Mas também são factos que jamais podem ser ignorados e deve-se manter viva sem qualquer constrangimento esse pedaço da História de Portugal que para o bem e para o mal marcou uma Época na Juventude Portuguesa dos Anos 60/70.

Nelson Lisboa

PENDILHE ESTÁ NA MODA, BAR DISCOTECA H2O ATRAI JUVENTUDE DE VARIOS PONTOS DO PAÍS PARA OS SEUS EVENTOS


A ideia para a criação deste espaço Jovem, foi do Pedro e do Dinis Chaves, os dois irmãos que com a sua dinâmica empreendedora têm ao longo do ano organizado Festas de dança com os melhores DJ Nacionais (DJ Verylight, entre outros…) que por ali tem passado, oferecendo boa musica à Juventude que procura este espaço para se divertir, conviver e tomar uma bebida. Por lá tem passado algumas Top Models nacionais, caras conhecidas de telenovelas e outros programas de Tv. como Sara Kostov, Fátima Preto, Pedro Barroso, Sara Matos e Bruna Real. Este espaço de diversão tem acorrido muita gente normalmente jovem de varias terras vizinhas e de grande distância também, fazendo com que esta Aldeia nessas noites mais pareça uma cidade, tal é o movimento automóvel nessas noites de Glamour em Pendilhe.

Nelson Lisboa

Agosto de 2010

ERA UMA VEZ UMA JUMENTA


Ao longo dos anos e sempre que me desloco à minha Aldeia quase sempre ouço (e sem que para isso eu contribuía pois dada a minha sensibilidade neste tema prefiro não as ouvir só que por vezes não consigo passar indiferente a esse facto, porque quem as conta ainda o faz como se tivesse contribuído para a resolução do problema dos animais que já não são rentáveis aos seus donos) histórias de animais domésticos que já não sendo lucrativos para os seus donos são pura e simplesmente abandonados ou sacrificados mortalmente em condições cruéis e desumanas. Há dias alguém me contou que havia uma Burrinha já muito velhinha que tinha carregado muitas carradas de produtos agrícolas aos seus donos que transportou os seus donos em longas distancias que os ajudou na lide diária da sua vida campestre algumas vezes vencida pelo cansaço e pela idade caía sem forças, e á base de umas pauladas nas pernas no lombo ou nas orelhas lá tinha que de novo se levantar e seguir a sua marcha com as dificuldades físicas inerentes. Até que chegou a altura em que era necessário desfazerem-se do animal!!! Como já não tinha valor comercial porque que ninguém dá dinheiro por um burro velho e cansado, tem que se arranjar uma solução para se acabar com o animal, poderia-se por exemplo chamar um veterinário para dar um fim digno e sem sofrimento, mas como isso também tem custos financeiros, opta-se então pela maneira mais cruel e desumana. Arranca-se o animal do seu estábulo e ainda caminha até ao local do sacrifício abre-se uma vala e não sei com que meios provocam a morte do animal? E atira-se para dentro da vala onde fica soterrado. É lamentável que ainda haja casos destes que as pessoas não sejam sensíveis ao sofrimento destes seres vivos tão dóceis e tão inteligentes que servem de terapia até para crianças diminuídas mentais que serviu de transporte para o menino Jesus na fuga para o Egipto e que ao longo de milhares de Anos sempre ajudou o homem nos seus trabalhos.

Com isto apenas pretendo sensibilizar quem tiver estes animais que já lhes foram muito úteis e ajudaram a construir seu Património que por já serem velhos não os abandonem nem lhe dêem maus tratos dêem-lhe um fim digno sem sofrimento, hoje em dia já há algumas associações e refúgios destes animais que os aceitam nos seus espaços. Termino com parte de um poema do maior Cantor do Sertão Brasileiro o grande Luiz Gonzaga que homenageou os Jumentos em duas das suas mais criativas canções do nordeste.

“É verdade meu Senhor, essa estória do sertão, Padre Vieira falou, o Jumento é nosso Irmão. E na fuga para o Egipto, quando o julgo anunciou, o Jumento foi o transporte que levou nosso senhor, vossemecê fique sabendo que o Jumento tem valor.”

Nelson Lisboa

FESTAS DA SENHORA DA ASSUNÇÃO 2010 EM PENDILHE


Mais um Ano, mais uma vez se realizaram com o brilhantismo do costume as Festividades em honra da Padroeira de Pendilhe, SR.ª DA ASSUNÇÃO. Começaram no dia 6 de Agosto com a novena e prolongaram-se até dia 15. Durante este tempo houve muita música variada incluindo Conjuntos Musicais, Ranchos Folclóricos e Tocadores de Concertinas. Também houve futebol Solteiros e Casados, Jogos Tradicionais e muitas tasquinhas de comes e bebes.

Este Ano a novena pareceu-me menos participada pelas pessoas da Aldeia. O dia 15 alvoreceu ao som de grande descarga de Morteiros e seguiu-se a arruada dos Bombos de Pendilhe e Banda Musical pelas ruas da freguesia. A missa solene foi Celebrada pelo Pároco, Acácio Nunes que nesse dia comemorava mais um Ano de Sacerdócio, a Procissão foi como sempre, bonita e majestosa com muitos andores e figuras Bíblicas. De Tarde realizaram-se os cortejos dos vários ranchos da Freguesia que é sempre um dos pontos mais altos e únicos na região, seguindo-se o tradicional Leilão, para depois dar lugar ao Concerto da banda Musical de S. Tiago de Ribaul que se prolongou até ás 20 horas. Seguiu-se a actuação de grupo musical, à meia-noite foi a Monumental descarga de fogo preso e artifício para gáudio de milhares de Pessoas que estiveram presentes e voltam sempre todos os anos. Terminaram, assim as festividades deste Ano.


Nelson Lisboa

Agosto 2010

MARINHEIROS DE PENDILHE REUNIRAM-SE EM ALMOÇO CONVIVIO NO RESTAURANTE DA MARINA.

Pendilhe, embora seja uma Aldeia do Interior do País, sempre teve bastante gente ligada à Marinha, pessoas que fizeram carreira profissional nesta Força Armada, ou que simplesmente lá cumpriram o serviço militar quando era obrigatório. Ainda actualmente Jovens de Pendilhe continuam a escolher a Marinha como modo de vida, exemplo disto é o caso do Sr. José António Cerdeira que além do próprio, tem lá de sua família o irmão Carlos (e apesar de já não se encontrar na Marinha, também outro irmão – Jorge-cumpriu lá o serviço militar) e dois Filhos, Toninho e Nuno.

E foi o José António mais o Arlindo Maneta que tiveram a ideia de reunir os actuais e antigos Marujos de Pendilhe neste almoço convívio que decorreu com alegria e boa disposição. De uma Lista de aproximadamente meia centena de pessoas estiveram presentes vinte e três. No final do repasto foram escolhidos três elementos presentes para organizarem no próximo ano, um novo almoço convívio de marinheiros de Pendilhe.

Agosto 2010

Nelson Lisboa

PEREGRINAÇÃO MILITAR INTERNACIONAL A LOURDES


Pela primeira vez e por amável convite de pessoa amiga ligada á organização desta Peregrinação Militar, peregrinei até este Santuário Mariano que se situa junto ás montanhas Francesas dos Pirenéus. Esta Peregrinação é organizada pela Capelania-Mor da Diocese das forças Armadas e forças de Segurança GNR e PSP em colaboração com a Agencia de Viagens, PAXTUR e decorreu de 20 a 25 de Maio.

Assim no dia 20, pela manhã 7h iniciamos a viagem no Marquês de Pombal em Lisboa rumo a Lourdes com uma primeira paragem no Entroncamento para entrada de mais peregrinos daquela localidade. Seguimos pela A23 até Vilar Formoso onde entrou mais um grupo de seis pessoas de Lamego. No nosso Autocarro viajava pessoas de vários extractos sociais e várias profissões, muitos militares das várias classes e muitos civis homens e mulheres. Também viajava o nosso Capelão, Coronel, António Teixeira, irmãmente conhecido por Frei Teixeira por ser da ordem Franciscana, Capelão chefe do Exército que com a sua bondade sua sabedoria e seu bom humor contagiou toda a gente de boa disposição nas longas horas de viagem e estadias nos vários locais onde pernoitamos e tomamos nossas refeições. Fizemos a primeira paragem em Cidade Rodrigo para almoçarmos e uma breve visita á cidade. Dali partimos rumo a Valladolid onde fizemos algumas visitas a locais interessantes como seja a sua Catedral muito bonita, construída em quatro épocas diferentes uma delas a ala esquerda que não está aberta ao publico por motivos do terramoto de Lisboa de 1755 que ali também causou danos. Pernoitamos nesta Cidade Espanhola e pelas 8h da manhã viajamos em direcção a Burgos para uma visita á sua Catedral, construída em estilo gótico Francês no de 1260 e dedicada á Virgem Maria.

Depois desta visita seguimos para o País Basco, S. Sebastian onde almoçamos num Restaurante Panorâmico no cimo de um monte com uma espectacular vista sobre a sua Baía, o país Basco revelou-se uma Região muito bonita, Rica e de excelente qualidade de vida.Com os estômagos saciados dirigimo-nos então para Lourdes onde chegamos no final do dia 21, instalamo-nos no Hotel Lorda onde havia alguns portugueses de Bragança a Trabalhar.Lourdes é uma cidade pequena mas tem tantos Hotéis como Paris, vive do comercio ligado ao Santuário e do Turismo, no centro da cidade corre o Rio Gave de Pau, que com o degelo das montanhas leva um grande caudal de água e onde se pescam Trutas muito parecidas com as do nosso Rio Paiva só que de maior tamanho. Chegados a Lourdes onde já se vivia um grande ambiente festivo com militares de todo o mundo fardados com os melhores Uniformes acompanhados pelas suas Bandas de musica e fanfarras percorriam avenidas ruas e esplanadas dos bares e restaurantes conviviam entre todos e trocavam pin’s, crachás e peças de fardamento entre os vários Países representados. Na manhã seguinte organizamo-nos junto ao nosso Hotel e dirigimo-nos em marcha com todos os militares Portugueses, cadetes e alunos dos estabelecimentos militares de ensino e com a Fanfarra da Marinha á frente fomos esperar o nosso Bispo D. Januário Torgal Ferreira ao Hotel Pádua de onde seguimos para a Basílica Notre Dame onde acolitado pelos capelães celebrou missa para a delegação portuguesa composta por aproximadamente 600 pessoas, nesta missa o Sr. Bispo lembrou os familiares já falecidos dos presentes, e, especial o Sr. General Lemos Pires que era natural de Lamego, falecido recentemente e lembrou o falecido cardeal D.António Ribeiro que foi Vicariato Castrense durante muitos anos. Estiveram também várias delegações de emigrantes portugueses de várias localidades francesas que também ali se deslocaram, de tarde houve a procissão do santíssimo e homenagem aos mortos junto ao Castelo. Há noite foi a Procissão das velas e vigília nocturna sempre com grandes enchentes de militares. No dia 23 foi a grande celebração pelo cardeal francês na Basílica PIO-X para todas as delegações, esta basílica é subterrânea muito rústica e espaçosa toda em vigas de cimento e sem qualquer pintura mas quando cheia de gente e toda iluminada fica muito linda é muito apropriada para grandes celebrações como foi o caso. Finda esta celebração foi a despedida de Lourdes de onde saímos no final do almoço em direcção a Andorra atravessando os Pirenéus franceses e chegamos ao fim da tarde desse dia. Instalados no hotel visitamos Andorra a Vella cidade cravada nas grandes montanhas com um rio pelo meio da cidade, a fonte de rendimentos deste principado é o comércio devido a ser um país muito pequeno e com poucos recursos naturais é uma zona franca para o comercio as ruas são estreitas mas tudo muito organizado e ex lente qualidade de vida. Na manhã do dia 24 o nosso bispo e os capelães celebraram na igreja de S. Estêvão uma missa de encerramento da Peregrinação. E foi altura de deixarmos Andorra seguindo agora em direcção á Catalunha e depois Saragoça onde visitamos a Catedral da Virgem do Pilar uma das três principais Catedrais de Espanha. No dia 25 depois de uma noite em Saragoça rumamos a Lisboa com Paragem para almoço em Taverna de Lá Reina e finalmente Marques de Pombal Lisboa. Nos vários locais de Paragem para jantar houve também momentos Culturais pois viajava connosco uma fadista residente da Taverna D’el-rei em Alfama Isabel Raimundo que á capela cantou fado, para todos os presentes, enquanto o Sr. Coronel Geraldo, Poeta Popular recitava poemas de sua autoria sendo muito aplaudidos por todos. No Regresso viajou connosco o senhor Bispo D. Januário e o representante do Estado e do Ministério da Defesa para esta peregrinação Sr. Contra Almirante, Fernando Pires da Cunha. Uma palavra de apreço para o nosso Guia Sr. Saul um profissional de turismo de Lisboa, muito competente e muito agradável a sua convivência com todos nós, e também para o nosso motorista Sr. Luís de Vila da Feira muito afável e profissional, deitou em todos um rasto de grande simpatia. A Peregrinação Militar internacional a Lourdes começou em 1958 quando dois Padres um francês e um Alemão ali se reuniram para a reconciliação entre as duas nações que tinham estado em guerra, começou por ser só a nível europeu mas que depressa se alargou aos outros países do mundo sendo que as maiores delegações são dos países do Leste. LOURDES é um local de grandes peregrinações onde BERNARDETE SOUBIROUS a Santa de Lourdes viu Nossa Senhora pela primeira vez em 11 de Fevereiro de 1858 numa gruta, depois viu um pequeno fio de água próximo da gruta e começou a escavar com as mãos e começou a jorrar água em grande abundância, desde então para cá muitas pessoas com doenças incuráveis se banham naquela água e ficando livres da sua enfermidade atribuem esse milagre á agua miraculosa que Nossa Senhora indicou a Bernardete.

Nelson Lisboa

Junho 2010

10 DE JUNHO - DIA NACIONAL DOS COMBATENTES, CELEBROU-SE MAIS UMA VEZ NOS JARDINS DE BELÉM JUNTO AO FORTE DO BOM – SUCESSO


As comemorações do dia nacional do combatente espalharam-se por todo o país, mas a concentração maior foi em Belém onde está o Mural com os nomes de todos aqueles que perderam a vida ao serviço da Pátria especialmente no ex Ultramar Português. As cerimónias começaram com uma missa de sufrágio pelos combatentes falecidos no Mosteiro dos Jerónimos, e foi celebrada pelo Pároco de Santa Maria de Belém e pelo Capelão da Marinha graduado em Cap. De Fragata, Domingos Nazaré.

Posteriormente, junto ao Monumento onde se encontravam delegações de todo o país da Liga dos combatentes, as cerimónias foram presididas pelo Vice-Almirante Vidal de Abreu que disse a determinada altura do seu discurso:

Pelo 17º ano consecutivo, num verdadeiro exercício de cidadania, encontramo-nos junto a este monumento para homenagear Portugal. Porque a forma de o fazer será homenagear todos quantos ao longo da nossa História, chamados um dia a servir Portugal, tombaram no campo da Honra em qualquer época ou ponto do globo”. Seguiu-se a homenagem ao segundo Tenente Oliveira e Carmo, herói do Oriente, morreu em combate no Mar de DIU, no longínquo Ex Estado da Índia Portuguesa em 1961 e comandava a pequena lancha da Marinha VEGA que em combate desigual lutava contra a poderosíssima Aviação e Marinha Indiana, tendo sido Flagelada e afundada por estes meios bélicos Indianos, morrendo, desta forma um marinheiro e o Comandante da Vega, Jorge Manuel Catalão de Oliveira e Carmo, que antes disse aos seus marinheiros para se fardarem de Gala, e assim morreriam com mais Honra.

Friday, January 01, 2010

JOÃO PAULO 70

Reportagem da Revista FLAMA de Fevereiro de 1970

A Entrevista á nova formação do Conjunto João Paulo onde falam da Guerra de África e da forma como cumpriram a sua missão, da nova aquisição da banda, a cantora Vickie, dos novos elementos do grupo bem como do seu Empresário e novo projecto musical, fazendo também referência aos seus espectáculos. (Clicar nas imagens para aumentar)








Sunday, December 13, 2009

FALECEU TRAGICAMENTE ROBERT ENKE



MAIS QUE UM BOM DESPORTISTA

FOI EXCELENTE SER HUMANO ERA


UM ANJO NA TERRA PARA OS ANIMAIS ABANDONADOS.

Este futebolista Alemão ficou conhecido dos portugueses por ter jogado no Benfica durante três Anos 1999/2002 onde agarrou a titularidade e defendeu a baliza encarnada com inegável classe. Depois de dar nas vistas no clube da Luz, outros grandes clubes da Europa acenaram-lhe com melhores regalias, mais prestígio e mais estabilidade (na altura o Benfica vivia um pouco instável e desportivamente não ganhava quase nada). Apareceu o Barcelona e ENKE apesar de gostar muito do Benfica e de Portugal não resistiu a mudar-se para lá. Sabe-se agora que um Ano depois começou o Calvário deste Jovem jogador animicamente abalado por não ter conseguido a titularidade no clube catalão. Foi o princípio para uma angústia que culminou com o seu trágico suicídio. Depois de uma época no Barcelona não conseguindo agarrar a titularidade, foi emprestado ao Clube Turco Fenerbahçe onde também não brilhou sabe-se lá porquê… Mas sabe-se que os adeptos turcos são fanáticos e não perdoam qualquer deslize aos seus atletas, muito menos a estrangeiros. Enke não aguentou a pressão

e veio embora, passou depois pelo Tenerife até que em 2006 voltou à sua Alemanha para jogar no HANOVER96 onde era o Nº 1 e capitão de equipa.

Agarrou também o lugar de guarda-redes, titular da selecção da Alemanha alcançando assim o ponto mais alto da sua carreira. Iria estar no mundial 2010 na África do Sul, tinha tudo para ser feliz como desportista, mas a sua depressão escondida dos amigos e colegas. Corroía-o a morte de sua filha biológica LARA de 2 Anos que tinha uma doença cardíaca incurável. Este facto agudizou ainda mais a sua silenciosa doença, embora a sua esposa tudo fizera para que a morte da filha os unisse ainda mais, pensando que com amor superassem tudo. Para melhor ultrapassar o desgosto da filha perdida, ele e sua extremosa esposa adoptaram uma menina, LEILA de seu nome com seis meses de idade, tem agora oito, mas nem esse nobre gesto foi suficiente para afastar de vez tudo o que o apoquentava. Sabe-se agora pela voz embargada de sua corajosa esposa que ENKE não suportava o medo de que a sua doença fosse tornada publica e depois a Segurança Social lhe tirasse a filha adoptiva. Foi assim que telefonou ao seu médico psicólogo que o acompanhava desde 2003, dizendo-lhe que ia parar os tratamentos porque já se sentia bem, enganando assim médicos e familiares e fatalmente suicidou-se deixando uma carta escrita aos quais pediu desculpa pelo seu acto.

Mas ROBERT ENKE não foi só um excelente Cidadão Alemão, um futebolista de eleição, um bom marido, um excelente pai e um exemplar amigo do seu amigo. ENKE dedicava-se também a causas nobres eram um homem preocupado com os mais necessitados, com o ambiente e com os ANIMAIS abandonados. Enquanto esteve em Portugal construiu um canil no Jardim de sua casa em Sintra para onde levava os animais que encontrava abandonados, dando-lhe carinho comida e conforto. Ainda há cerca de seis meses passado estava eu a conversar com um amigo meu que tem um HOTEL para cães no Linhó Sintra e dizia-me esse amigo que ENKE quando foi embora de Portugal deixou os seus cães no seu Hotel e na altura desta conversa ainda lá tinha dez cães e vinha frequentemente a Portugal regularizar financeiramente a estadia desses animais. Em 2002 no Mundial da Coreia fez campanha pela PETA, Associação Mundial dos Direitos dos Animais.

Isto revela a imensa dimensão da humanidade deste Jovem de 32 anos, perfeccionista de eleição que deixou estupefactamente o mundo do futebol de luto e um grande pesar a todos aqueles que o admiravam também pelas causas sociais que apoiava e dava a cara por elas. Suicidou-se numa linha de comboio da Alemanha. Ao seu funeral assistiram no Estádio do Hanôver cinquenta mil pessoas numa invulgar cerimónia fúnebre marcada pelo mais profundo silencio e de pesar. Só comparado naquele País com o chanceler Alemão, Konrad Adeneur, em 1967. O Benfica fez-se representar no Funeral pelo dirigente Rui Gomes da Silva, e pelo guarda-redes Moreira que tinha sido colega de quarto do malogrado atleta enquanto jogador do Clube da Luz.

As últimas horas de ROBERT ENKE, ( Fonte: “Correio da Manhã” ) 17h18 de domingo 8-11-2009 termina o Hanover-Hamburgo (2-2). Enke vai às bancadas cumprimentar os adeptos.17h27 diz a um jornalista que vai ver o Alemanha - Chile em casa no sofá. 18h50 despede-se do seu amigo e conselheiro Jorg Neblung e vai para casa ter com a família. Segunda-feira 9-11-2009, 8h40 toma o pequeno-almoço em casa e vai para o treino. 10h08 corre á volta do Lago Maschsee, com o treinador Andreas Bergmann e os colegas Djakpa, Sérgio Pinto e Balitsch. 12h35 abandona o estádio. 14h passa a tarde com a família numa exposição sobre o corpo humano. Leva a sua filha Leila ao colo. Terça-feira 10-11-2009. 14h falta ao treino.15h30 Neblung preocupado telefona a sua esposa e á policia. 18h07 Estaciona o Mercedes ML numa rua escura junto á linha do comboio. Deixa a sua mala no banco do passageiro. 18h17 o comboio 4427 (Bremen-Hanover) aproxima-se a 160 km/h. Um maquinista diz que viu alguém na linha. O outro puxa o travão de emergência. Tarde demais ENKE morre a 2,5Km da campa da filha.

A terminar esta crónica deixo um poema de Almeida Garrett.

Eu tinha umas asas brancas, asas que um anjo me deu, que, em me eu farta-se da Terra, batia-as, voava ao céu.

NELSON LISBOA

Novembro 2009

MUSEU RURAL DE PENDILHE FINALMENTE INAUGURADO



Por coincidência ou não de ser o dia de Aniversario da implementação da Républica em Portugal! O dia 5 de Outubro foi escolhido para inaugurar o espaço dedicado ao museu rural De Vila nova de Paiva/Pendilhe. Já lá vão alguns Anos quando foi construído este imóvel que depois ali ficou sem qualquer actividade até esta data. A junta de freguesia repavimentou a Eira adjacente ao imóvel e em colaboração com o Município deu andamento aos trabalhos para que ali fosse instalado o tão prometido Museu Rural do Concelho. A câmara abriu um concurso para preenchimento de um posto de trabalho na carreira de assistente Operacional, arranjaram-se as alfaias agrícolas doadas pelos habitantes também muitas alfaias Litúrgicas todo este material foi previamente preparado por uma equipa de restauro e colocado no amplo espaço do museu, que para alem do espaço Rural e litúrgico tem Espaço Internet e Biblioteca, são na verdade mais-valias para a Freguesia e seus habitantes para alem de que a partir de agora Pendilhe que já tinha como cartão-de-visita a sua ANTA a partir de agora com mais um pólo de atração o museu rural inserido na bonita paisagem da Eira dos canastros e do forno do Povo. E foi assim que no dia 5 o Sr. Presidente da câmara Municipal e seu staff o Sr. Presidente da junta de freguesia e seus colaboradores convidaram entidades Civis e Religiosas Força de Segurança e População para a inauguração do Espaço. Houve corta fita e descerramento de uma Placa assinalando a data de inauguração seguiu-se o discurso do presidente da junta Sr. Orlando Canceiro que elogiou antecessoras equipas Autárquicas salientando o bom trabalho do ex Presidente do Município Sr. Engenheiro Diogo agradecendo às pessoas que doaram trabalhos para o Museu, depois discursou o Presidente da Câmara Sr. Manuel Custódio que disse se sentir muito Feliz por estar a inaugurar aquele espaço na freguesia mais rural do nosso Concelho ele que também foi muito ligado á agricultura na sua terra quando era Jovem e que tudo fará para a divulgação do museu rural inserido no roteiro turístico do Concelho. Depois foi a actuação de rancho Folclórico da Relva que para além de lindas melodias apresentou ao vivo como se transformava a lã em Burel, depois foi a vez de o Grupo de musica tradicional RAÌZES de Aguiar da Beira apresentar o seu reportório de lindas canções enquanto isto vários artesãos trabalhavam na sua arte fazendo artigos da Região. Seguiu-se um grande e variado lanche para toda a gente com muita comida típica de Pendilhe e prolongou-se até que a noite veio. Correu tudo bem e o pessoal estava animado parabéns á organização. O horário do museu será de 3ª a sábado das 16 ás 19h.

Outubro 2009-10-07

Nelson Lisboa

INCÊNDIOS DE VERÃO - SETEMBRO FOI TRÁGICO PARA PENDILHE



Se no mês de Agosto houve pequenos incêndios e logo combatidos pelos meios adequados! O Mês de Setembro foi trágico ardendo uma vasta área de mato e pinhal das serras de Pendilhe. Não se sabe mas tudo indica que tenha sido mão humana que ateou estes fogos aliados às altas temperaturas que se fizeram sentir nesta altura do ano foi o suficiente para que se perde-se o controle de combate aos mesmos. Ardeu muito mato e Pinhal dizimando ainda mais a precária fauna de animais cinegéticos e selvagens das nossas Serras, o colorido verde dos montes e Pinhais que purificava o oxigénio e nos dava aquele saudável aroma foi substituído pelo negro trazendo-nos o cheiro da serra queimada. No combate a este incêndio estiveram envolvidos 150 bombeiros alguns do sul do País, 4 meios aéreos (aviões e helicópteros) e 47 viaturas todos terreno.

SETEMBRO 2009

Nelson Lisboa

VII ENCONTRO DE VIATURAS RENAULT 4Ls



No dia 6 de Setembro realizou-se em Viseu mais um encontro destes emblemáticos carros da Renault que de ano para ano tem aumentado o número de participantes vindo de vários pontos do País para este evento. A concentração começou pelas 13 horas na Av. Europa Junto ao Tribunal da Cidade até às 15 horas juntaram-se ali aproximadamente 120 viaturas muito bem estimadas algumas transformadas em Buggy outras com cores exóticas e muita imaginação na decoração das mesmas e foi assim que por essa hora partimos em ritmo de passeio em direcção a Tondela por estradas secundárias passando por povoações das cercanias do Caramulo onde os habitantes paravam, admiravam e aplaudiam o grande cortejo das bonitas e apaixonantes R4Ls. Chegados a Tondela espiava-nos um apetitoso lanche com produtos regionais preparado pela organização e em animado convívio ao som do Acordeão de um quatroelista de S. Pedro de France, saciaram-se os estômagos dos participantes. Pelas 18h,30m começou a debandada do regresso a casa, A Excelente Organização esteve mais uma vez a cargo do Viseense Sr. Carlos Pais. Pró Ano há mais.

Setembro 2009

Nelson Lisboa

VI FESTIVAL DIOCESANO DA CANÇÃO JOVEM

Grupo de Guias e escuteiros da Europa com sede em Moimenta da Beira e do qual fazem parte jovens de Pendilhe vencem festival e arrecadam prémio para a melhor musica. No dia 18 de Abril o Teatro Ribeiro da Conceição encheu-se de público para ouvir e aplaudir os doze grupos participantes deste festival oriundos de Paróquia da Sé, Almacave, Senhora dos Remédios, Penedono, Meda, Cinfães, Tabuaço, Sernancelhe, Ferrarim, Tarouca, Resende e Guias e Escuteiros da Europa Moimenta da Beira que foram os vencedores. A canção vencedora tem como titulo «ACREDITAR» a autora da letra é Dulce Santos e musica e arranjos musicais de MARCOS MENDES. Intérprete, Letícia Ferreira, coros de Dulce Santos e Cátia santos. Banda de acompanhamento, composta por, Flauta, Sandrine Saraiva, Baixo, Nuno Santos, Bateria, Ricardo Rocha, Teclados e direcção musical Marcos Mendes.

Parabéns aos vencedores e a todos os participantes neste saudável convívio de Jovens das mais diferentes paróquias da Diocese de Lamego. Um reconhecimento especial ao Pendilhense Marcos que vai mostrando aos poucos a sua criatividade de compositor musical, com assinalável êxito fora da sua Aldeia.

Marco Mendes intitula-se agora com o nome artístico de Marcos Medalon em homenagem aos seus antepassados de origem Francesa.

2009-05-02

Nelson Lisboa

FESTAS DA SENHORA DA ASSUNÇÃO EM PENDILHE 2009


A população de Pendilhe residente e seus emigrantes viveram com grande entusiasmo e dedicação as festividades em honra da sua Padroeira, que começaram em 6 e se prolongaram até ao dia 15 de Agosto. A tradicional novena e missa Festiva sempre muito participada pela população foi orientada pelo Pároco Acácio Nunes coadjuvado pelo Padre Zeca que dirigiu e acompanhou ao Órgão os cânticos litúrgicos.

Houve provas desportivas e jogos tradicionais, muita musica variada desde Folclore Tocadores de concertina e cantadores á desgarrada, não esquecendo a onda musical de Verão normalmente “PIMBA”até ao POP/ROCK. Muita animação muita LUZ e COR… O bonito e moderno Largo da Latada sempre apinhado de gente que desfrutava dessa alegria festiva e saciava o estômago nas várias Tasquinhas e Bares espalhados pelo espaçoso largo. Não faltavam também as várias barracas de venda de brinquedos, roupas, frutas, farturas, churros, pipocas e doces tradicionais. Havia ainda uma tenda da Associação de Apoio Domiciliário a idosos ALVORADA NA SERRA, onde as pessoas se poderiam inscrever como Sócios podendo desta forma usufruir mais tarde dos direitos que lhes assistem na utilização das valências do Futuro Lar de idosos, que se prevê que seja construído no Lugar de Arrochada onde esta Associação já comprou o Terreno.


O dia maior foi o dia 15, que acordou com uma potente e estrondosa descarga de Morteiros fazendo vibrar os sensores de alarme dos automóveis que de imediato se fizeram ouvir. Depois foi o grupo de Bombos de Pendilhe mais a Banda Musical que ainda cedo percorreram as ruas e calçadas da freguesia anunciando o tom Festivo desse dia. Às 10.30H foi a missa Solene em honra da Padroeira presidida pelo Padre Acácio que nesse mesmo dia completava 52 Anos de Sacerdócio. A missa foi abrilhantada pelo Coro da Banda Musical de S.Tiago de Ribaúl Oliveira de Azeméis, seguiu-se a majestosa e bonita Procissão na linha da Frente.

Seguiram-se os Bombos de Pendilhe abrindo Alas com seus arrufos, depois muita gente incorporada, escuteiros, Ordens e Irmandades Religiosas, bandeiras e guiões desfraldada/os. Muitos andores, muitas crianças vestidas de Anjinhos e figuras bíblicas, debaixo do Pallium, o Padre Zeca vestido com sua Bonita e Rica Capa Festiva levavam o Santo Lenho. Seguia-se a Banda Musical que mesmo em grande esforço devido ao longo percurso e ao imenso calor que se fazia sentir nunca parou de tocar marchas e hinos de louvor à Virgem Maria e criando um grande momento de emoção quando já junto da Igreja e ao recolher da Procissão tocaram o hino do Adeus que normalmente só se houve em Fátima e uma grande multidão começou a acenar com lenços brancos. Depois foi a tradicional descarga de foguetes durante 20 minutos, seguiu-se o Almoço com as numerosas famílias e Amigos a debandarem para suas casas.


Mas a festa continua e pelas 14,30h começaram a sair dos vários bairros da freguesia os ranchos com as suas ofertas para o leilão, é um momento bonito e único nas festas da região onde o bairrismo e a sã amizade entre Lugares da freguesia andam de mãos dadas. A banda de música divide-se em grupos e cada um vai para seu bairro, a música é sempre a mesma!... Apita o comboio e tal!... Toda a gente canta e dança, todos querem que o seu bairro seja o mais rentável monetária mente.

Realizou-se o sempre e muito concorrido leilão, depois foi um magnifico concerto musical pela banda até às 20H. De seguida entrou em acção o grupo Musical que animou Pendilhe pela noite dentro (“Notas Soltas”) e à meia-noite foi a sempre muito esperada sessão de fogo preso e de artifício que durante meia hora brilhou e coloriu os Céus de Pendilhe nessa noite de Luar a 15 de Agosto. Milhares de Pessoas vindas de vários pontos do país assistiram a este espectáculo. Parabéns à organização.

Agosto 2009

Nelson Lisboa

Saturday, May 30, 2009

UM LIVRO


Por motivos de um Estudo que estou a realizar, um dos formadores pediu-me que fizesse o resumo de um livro que tenha lido e cujo autor tinha que ser Português em que para além da obra literária tinha também que falar do seu autor.
Poderia ter feito esse trabalho falando de alguém moderno que escreve livros e com obras bastante interessantes pois a escolha é vasta, mas depois de bem pensar decidi-me por Aquilino Ribeiro, sendo um homem da nossa Terra e que tão bem retrata na sua literatura as pessoas e os lugares da nossa região.

Escolhi VOLFRÂMIO porque esse “ouro preto” foi a melhor coisa que nesse tempo poderia ter acontecido à gente serrana desses lugares. É claro que houve atritos, falsidades e desvios do minério que deu para uns enriquecerem, outros melhorar suas vidas e outros que ficaram na mesma miséria em que viviam antes porque imaginavam que aquela febre mineira jamais acabaria.

Todos nós dessa região conhecemos alguém que andou no garimpo. Por tudo isso escolhi este livro que me dá imenso prazer ler e entendo perfeitamente a linguagem de Aquilino e também porque completa-se dia 27 deste mês de Maio 46 anos após a sua morte.

Como tinha também de falar do autor fui vasculhar algumas revistas de décadas passadas que guardo em casa e encontrei uma “PLATEIA” de Junho de 1963 que diz o seguinte sobre o seu desaparecimento do mundo dos vivos que diz assim e passo a citar:


"TOMBOU UM HEROI DO NOSSO TEMPO:

AQUILINO RIBEIRO

Um herói? Houve mais que heroísmo na vida deste gigante que a morte arrancou às comemorações que se realizaram por todo o País do cinquentenário da sua actividade literária. Aquilino viveu para o amor, a fraternidade, a pureza, a lealdade, a dedicação e a firmeza. Viveu na simplicidade, na humildade, e até na última vontade que exprimiu, que seu corpo fosse deitado a terra envolto num lençol branco, deixou vincada a grande marca da sua existência ser do povo, pertencer ao povo. Ao povo dedicou Aquilino toda a sua existência, toda a sua actividade febril de escritor, de homem consciente dos problemas e das necessidades de outros homens, dos seus males e das suas vergonhas, das suas glórias e das suas conquistas. Ainda agora, nestes dias que procederam a sua morte. Aquilino andou entre o povo, nas fábricas e nas sociedades de recreio, respondendo ao que queriam que ele disse-se, dando conselhos, ministrando lições e aprendendo também, que ele nunca deixou de aprender, até ao último momento, os segredos da vida e do amor entre os homens. A televisão ignorou-o, a rádio ouviu-o poucas vezes, o teatro (apesar de tanto que escreveu) nunca o solicitou, e o cinema, apesar dos projectos patrocinados pela Sociedade Portuguesa de Escritores de um documentário a realizar sobre a sua vida, deixou-o também partir sem gravar as imagens vivas que dariam às gerações de amanhã a oportunidade de ver e conhecer este herói do nosso tempo e da nossa pátria."

FREI TEIXEIRA, O DESPERTAR DE UMA VOCAÇÃO




ÚNICO PADRE FRANCISCANO NATURAL DO ALENTEJO NO MUNDO, É CAPELÃO MILITAR Tenente-Coronel DO EXÉRCITO É FUNDADOR DA OBRA HUMANITÁRIA DE AJUDA À POPULAÇÃO DA ILHA DE MOÇAMBIQUE (
Associação de Ajuda Fraterna à Ilha de Moçambique). ANTÓNIO TEIXEIRA NATURAL DE ALCARIA RIBA CONCELHO DE MÉRTOLA DISTRITO E DIOCESE DE BEJA.


Nelson Lisboa - Frei Teixeira, sendo de uma Região onde se ordenam muito poucos Padres, como surgiu a sua vocação?

Frei Teixeira - os meus Pais eram pobres e eu queria estudar, como eles não podiam pagar os meus estudos eu estava condenado a ficar apenas com o ensino básico. Então o Pároco da minha terra em colaboração com outro padre de Beja que tinha contactado muito com a Obra dos rapazes do Padre Américo (Casa do Gaiato) criou uma réplica em Beja fui apresentado a esse padre e fui um desses rapazes que ele ajudou para que eu pudesse continuar os meus estudos e singrar na vida.

N.L. Como é que começou a sentir esse chamamento de ir para o Convento e para a Ordem de S. Francisco?

F.T. Eu pretendia tirar um curso de económicas e financeiras, era essa área que me sentia vocacionado, mas via aquele Homem de Batina preta diariamente toda enfarinhada de carregar sacos de farinha da CARITAS para fazer Pão para nós, e a determinada altura parece que houve um flash que me deu, que eu disse para mim próprio, “eu posso ser como este homem, eu posso pôr-me ao serviço dos mais necessitados e posso encarnar na minha vida valores que ele tem na vida dele” e foi assim a minha vocação. Devo dizer que nessa altura eu já tinha dezoito anos, tinha já a minha vida orientada para outras coisas, sabia bem o que queria, só que senti aquele chamamento deixei os outros projectos e fui.

N.L. - Mas podia ter ido para o Seminário de Beja, porquê irmão Franciscano?

F.T. - Porque entretanto houve um Padre Franciscano que foi a Beja fazer uma conferência e alguém que já sabia das minhas intenções pô-lo em contacto comigo e convidou-me a vir passar uns dias ao Convento da Luz em Lisboa, onde fiquei três semanas a conviver com os irmãos, e descobri que tudo aquilo que eu tinha planeado ser como aquele Padre, nada me ofuscava se eu entra-se na ordem franciscana!, Então eu entrei …E hoje sou Padre e irmão dessa ordem.

N.L. - Como reagiram os seus Pais?

F.T. - mal eles não queriam e tinham vergonha porque não era hábito naquelas terras alguém ir para padre e eles estimulavam-me para que eu saísse mas eu sabia qual era o meu caminho e segui-o, depois com o apoio da minha única irmã lá foram aceitando com naturalidade.

N.L. - Em que Ano nasceu?

F.T. - Nasci em 1949 e o primeiro contacto com a Ordem foi em 1968, parece que ainda estou a ver o primeiro irmão vestido de frade lá no Convento! Eu tinha já o quinto ano da Escola industrial, depois já sobre a orientação dos irmãos franciscanos fiz o antigo sexto e sétimo ano, depois fiz o Noviciado que é um ano e um dia e completei essa fase no dia de S. Francisco 4 de Outubro de 1971.Depois fui aluno da Universidade Católica mais sete Anos e fui ordenado padre em 15 de Julho de 1979.

N.L. - Durante todo esse trajecto nunca se sentiu tentado a abandonar esse seu caminho?

F.T. - Olhe… Claro que isto da vocação é como os dias do Ano, uma dias são mais claros outros dias mais escuros… Mas a gente sabe sempre que o Sol existe mesmo que não esteja às claras e desde que a gente tenha esta referencia as dificuldades tornam-se mais fáceis! Tive muitas, interroguei-me e questionei-me muita vez, houve inclusivamente gente que tentou entortar-me o caminho mas eu sou um lutador e com a ajuda de DEUS lutei e venci.

N.L. - Depois de ordenado Padre onde foi colocado?

F.T. - Como coadjutor do Padre MANUEL CARREIRA DAS NEVES na IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LUZ EM CARNIDE estive lá durante um ano, depois fui colocado mais outro Ano Pastoral no Convento de S. Francisco em Faro.

N.L. - Entretanto teve que ir para o serviço militar?

F.T. Pois entretanto apareceu-me a GNR com uns papeis para ir para a Tropa obrigatória e lá fui eu para o Regimento de Infantaria de Beja que era o meu distrito, era Alferes e passado dois anos entrei para o quadro permanente do EXÉRCITO onde ainda estou, fiquei sete anos em Beja para dar apoio á família por motivo de um problema familiar que aconteceu, depois fui sendo colocado em várias unidades militares onde a estrutura do serviço religioso achava por bem me colocar e agora estou colocado sobre a orientação do meu Bispo D. Januário Torgal Ferreira e actualmente sou Capelão do Lar de OEIRAS DOS SEVIÇOS SOCIAIS DAS FORÇAS ARMADAS, DA ESCOLA DE SERVIÇO DE SAUDE MILITAR E AQUI DO NOSSO REGIMENTO DE ENGENHARIA N.º 1 ao qual eu queria aqui referir que você NELSON neste quartel é o meu interlocutor para as coisa religiosas. Neste Regimento você é uma pessoa respeitada por todos e tem uma capacidade de liderança para junto dos jovens de os movimentar sobre o ponto de vista religioso e se me está a entrevistar na qualidade de capelão desta unidade esta entrevista ficaria truncada se eu não dissesse que o braço esquerdo e braço direito está no Sr. Nelson Lisboa.

N.L. - Frei Teixeira esteve no Líbano Fazendo parte da UNIDADE DE ENGENHARIA2, fale-nos dessa experiencia?

F.T. - Foi uma experiencia muito rica em todos os aspectos, acompanhar os nossos militares em missões de paz é muito enriquecedor espiritual e familiarmente éramos um grupo muito unido desde o comandante ao soldado tive sempre um grande apoio de todos nas actividades religiosas e sociais que realizei e a nossa UNIDADE realizou um grande trabalho a nível de construções horizontais e verticais tanto para outras forças militares estrangeiras como para a população civil daquela região devastada pela Guerra em 2006. Já agora queria salientar que o seu filho Primeiro-sargento de transmissões, Rui Lisboa fez parte desta força e deu um grande apoio ao Capelão sempre que eu precisava estabelecer algum contacto para o exterior o Rui estava sempre disponível e com grande profissionalismo e simpatia cumpria a sua missão, foi um privilégio estar no meio daquela gente.

N.L. - Tenciona fazer mais uma missão no Líbano?

F.T. - Recebi um honroso convite do Sr. Tenente Coronel Pires, que vai comandar a próxima missão e eu respondi de coração que essa decisão estava nas mãos do Meu Bispo D.Januário Torgal Mendes Ferreira, se ele decidir que eu vá, eu vou…

N.L. - Fale-nos agora da sua OBRA HUMANITÁRIA NA ILHA DE MOÇAMBIQUE?

F.T. - Isto começou assim, não sei se sabe que os capelães militares estavam isentos de pagar IRS até há dois ou três anos até á entrada da nova CONCORDATA e graças a essa isenção eu comecei a ir anualmente no meu tempo de férias para Moçambique E DAR UMA FINALIDADE HUMANITÁRIA à fatia que não me era descontada e então fundei cá em Portugal a ASSOCIAÇÃO DE AJUDA FRATERNA À ILHA DE MOÇAMBIQUE e seu distrito, é uma espécie de AMI EM PONTO PEQUENO, dá apoio às pobres gentes da Ilha de Moçambique e seu distrito e assim temos feito uma actividade copiada no bom sentido da AMI levando Médicos, Enfermeiros e Professores para aquela gente, neste momento já não estou isento mas as pessoas uniram-se a mim associaram-se e com as quotizções e outros donativos que me dão nas igrejas por onde eu passo nós conseguimos alguma ajuda para aquela pobre gente, ainda há dias os ROTÁRIOS DE ÉVORA nos deram uma ajuda económica para fundarmos uma escolinha no Mato em Moçambique, fui à América e as comunidades de imigrantes deram-nos um carro que está a servir de ambulância na ilha de Moçambique, deram-nos dinheiro para um Barco porque a ponte estava ruir e o barco é uma mais valia para fazer a ligação entre a Ilha e o continente no caso da ponte cair etc. Esta associação actualmente é presidida por uma Advogada de Mafra que é a Doutora Fátima Costa.

N.L. - O Frei Teixeira disse-me que muitas vezes levava para aquela gente enxadas?

F.T. - Pois é das coisas que mais gosto de levar actualmente já não levo porque são pesadas e é preferível levar dinheiro e compra-las lá, devo dizer que uma enxada custa metade de um Maço de tabaco e com essas enxadas nós fazemos maravilhas levamos também as sementes e aquela terra é muito produtiva e assim matamos a fome aquela gente de maioria muçulmana mas nós olhamos a credos nem a religiões é o ser humano que está em causa, de salientar que os estatutos da nossa associação estão publicados em diário da Republica.

N.L. - o Frei Teixeira disse-se-ma vez que o velhinho Padre que lá se encontrava quase passava fome…

F.T. - Ele não passava fome, ele comia era sempre a mesma coisa porque não havia outra… As roupas dele e paramentos era tudo muito usado se num ano trazia vestido uma camisola no ano a seguir trazia a mesma mas não era que não tivesse… É que ele dava tudo e depois não tinha para ele, e eu quando lá ia levava-lhe sempre coisas que lhe faziam falta uma das coisas que fiz quando fui de Beirute lá, foi abrir um lar de rapazes que ele tinha lá mas que devido á idade ele já não conseguia controlar e fechou eu fui lá e reabri-o e agora quem toma conta é um padre nativo que o substituiu porque ele já era octogenário e já veio para Portugal e agora está cá a viver num lar da terceira idade.

N.L. - O Frei Teixeira também pagou os estudos a um jovem no Colégio Militar…

F.T. - Isso foi um filho de um antigo soldado… Este homem de vez em quando aparecia no meu gabinete dizia-me que ele não estaria a passar muito bem com a mãe, não era que ela lhe desse maus tratos, mas estava com muita dificuldade… Um dia custou-me muito ouvir chorar o miúdo ao colo do pai e o este a dizer que não sabia o que havia de fazer e que a mãe andava por caminhos menos bons… Aquela situação enterneceu-me de tal modo que combinei com o pai em matricula-lo no Colégio Militar que é interno e assim foi… paguei-lhe os estudos durante os oito anos que lá andou e dediquei-me a ele como se de um filho se tratasse, agora está a estudar cá fora, está bem encaminhado e inserido na família da sua Madrinha.

N.L. - Frei Teixeira qual a sua opinião sobre a actual Igreja em Portugal?

F.T. - Eu creio que a Igreja precisa de dar mais passos para se por em dia, para se ajornar, não caindo no facilitismo que a palavra ajornar, como dizem os italianos, possa parecer ter …. A igreja precisa de mostrar os seus valores, que são os de sempre e continuarão a ser, mas tem de usar uma roupagem e linguagem mais adaptados aos tempos modernos… As dificuldades que a Igreja tem hoje passam por uma linguagem um bocado hermética e não facilmente entendida por muita gente. A mensagem é extraordinariamente bela, é a mensagem de Cristo…Mensagem de salvação… Um dos maiores riscos que a Igreja corre é a de ser entendida com de uma velharia, quando afinal é uma riqueza porque tem a pulsar dentro de si o coração de Cristo porque deu a vida por ela.

N.L. - Frei Teixeira quando se reformar do serviço militar o que pensa fazer?

F.T. - Em princípio recolho ao meu convento e à obediência dos meus superiores, mas tenho a dizer que me custa muito deixar os militares e muitas vezes dou por mim a pensar no dia em q entro na reforma e quero estar a fazer mesmo o que fiz no dia anterior, talvez desfardado, talvez não…. (pausa) Quero continuar a visitar velhinhos nos lares 3ª idade, até porque militares que conheci há trinta anos, hoje estão nos lares militares da 3ªidade….Um dos quais eu sou capelão…para mim é muito gratificante ter contacto com essa gente que me faz ter amizade e grande estima….

N.L. - Partilhe connosco a história do invisual que você ajudou a atravessar a rua…

F.T. - (risos) Eu vi que ele ia a bater com a bengala nos pneus dos carros, deitei-lhe a mão e ele sacudiu a minha mão quando viu que era uma voz de homem e disse “ainda se fosse uma mulher” …E eu senti-me indignado, porque no meu coração estava o espírito de ajuda de pôr os meus olhos nos olhos dele que não via e ele menos bem me tratou…Fiquei um pouco amolgado de maneira que...olha...assim ficou…

N.L. - A entrevista já vai longa mas muito interessante não sei se o frei Teixeira quer dizer mais alguma coisa se quiser faça o favor…

F.T. - Só quero lhe transmitir também a minha estima e admiração por si e que o Sr. Nelson não se coibisse na sua modéstia para o bem e a estima que tenho por si e aquilo que reconheço e torno a dizer que desde o Comandante até ao Soldado mais moderno da Unidade todos o estimamos e todos contamos consigo para estas coisas da fé para além do seu profissionalismo que é exemplar, a sua dedicação, as coisas da capelania honra-me muito e sinto-me muito apoiado, muito obrigado e também ao Director do Jornal.

Entrevista conduzida por

Nelson Lisboa

Dez 2008