Histórias da Vida

eu sinto me um passarinho sem ter asas para voar...feito rio em correntezas procurando pelo mar

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Location: Portugal

Sunday, October 03, 2010

PEDAÇOS DE HISTÓRIA DA GUERRA DO ULTRAMAR


O ALFERES HENRIQUE FERRERA DE ALMEIDA, FOI HOMENAGEADO NA SUA TERRA NATAL, SATÃO, PELO EXÉRCITO E PELOS CAMARADAS DO SEU CURSO.

Não importa agora se a Guerra era justa ou injusta importa que as Províncias do Ultramar eram Território sobe o domínio da Bandeira Portuguesa bem como o Estado da Índia: Goa, Damão e Diu. Macau e Timor. O serviço militar era obrigatório e os jovens foram arrancados ás suas famílias para combaterem por Portugal nesses longínquos territórios para onde partiram e onde muitos perderam a vida ao serviço da Pátria.

O Alferes Henrique Ferreira de Almeida partiu para a Guiné em Janeiro de 1968 e morreu em Combate em Julho de 1968, era então um jovem Oficial de elevado espírito de missão, tenacidade e coragem que a determinada altura e por ferimento do Capitão da sua Companhia assumiu ele o Comando da mesma. Quando se encontravam em Gamdenbel. Deslocaram-se depois para Cabedul onde o seu Aquartelamento foi atacado com um grande e vigoroso potencial de fogo. Durante o ataque inimigo deslocou-se incansavelmente debaixo de fogo aos vários pontos mais ameaçados esclarecendo incentivando e orientando os seus Soldados, conseguindo assim incutir em todos um espírito agressivo e uma vontade férrea para que o ataque diminuísse de intensidade mas sendo fatal para si. Foi atingido com o fogo inimigo e faleceu em 14 de Julho de 1968 dentro do seu Posto de comunicações. Durante a Cerimonia de Homenagem um dos participantes disse o seguinte…”traz-nos aqui a vontade de conservarmos a memória do Alferes Henrique Ferreira de Almeida um Jovem que morreu com um sofrimento que nem a ciência consegue descrever. Os técnicos podem especular, mas não são capazes de nos dizer inequivocamente o que se sente naquelas alturas”. Na cerimónia estiveram presentes várias entidades militares assim como o Presidente da Câmara Municipal de Sátão Dr. Alexandre Vaz e foi Presidida pelo Chefe do Estado-maior do Exército General José Luís Pinto Ramalho. Foi descerrada uma placa de homenagem na casa onde nasceu em 1947 o Alferes Henrique ferreira de Almeida e a Câmara Municipal de Sátão atribuiu o seu nome a uma das Ruas da Localidade. Seguiu-se depois a deposição de uma coroa de flores na campa do homenageado no cemitério de S.Miguel de Vila Boa com a presença do Capelão Chefe do Exército Coronel Cláudio Ferreira (Padre da Diocese de Viseu e actualmente Pároco em Campia) que concluiu a cerimonia dedicada a um Oficial, um Jovem que pela sua acção muito havia ainda a esperar e muito prestigiou o nosso Exército e Portugal.

O nosso concelho Vila Nova de Paiva também tem os seus combatentes, alguns também tombaram nessa Guerra, seria bom que a nossa Autarquia Municipal em colaboração com a Liga dos Combatentes, homenageassem os que por lá tombaram naturais do nosso concelho erigindo-lhe um Monumento numa Praça de Vila Nova de Paiva.

Por mais homenagens que se lhes preste a qualquer nível, nunca se lhes paga o seu sofrimento e de suas famílias. Mas também são factos que jamais podem ser ignorados e deve-se manter viva sem qualquer constrangimento esse pedaço da História de Portugal que para o bem e para o mal marcou uma Época na Juventude Portuguesa dos Anos 60/70.

Nelson Lisboa

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