Este grupo de música Pop foi formado na Ilha da Madeira em meados da década de sessenta por jovens estudantes do liceu Jaime Moniz do Funchal. Vieram, então a Lisboa a convite do empresário Vasco Morgado para actuarem ao vivo no saudoso Teatro Monumental, onde obterem estrondoso êxito durante várias semanas. Assim iniciaram uma brilhante carreira musical onde sobressaía a extraordinária voz do seu vocalista Sérgio Borges, gravaram vários discos, EP’S e um LP ao vivo, o primeiro editado em Portugal. Participaram em vários Programas Televisivos e em 1966 participaram no Festival RTP da Canção obtendo o segundo lugar com a canção “NUNCA DIREI ADEUS”, gravaram vários êxitos da musica Italiana e Francesa muito em voga na época e muitas canções da sua autoria entre as quais se podem considerar os maiores êxitos do grupo “HULLY GULLY DO MONTANHÊS”, “MILENA (A DA PRAIA)” e “BALADA A UMA RAPARIGA TRISTE” da autoria de Carlos Alberto e Sérgio Borges. Em 1970 Sérgio Borges vence o Festival RTP da Canção, com a canção “ONDE VAIS RIO QUE EU CANTO” de NÒBREGA E SOUSA e JOAQUIM GONÇALVES, editaram mais alguns discos com canções como, “MEU CORPO È MINHA SEIVA”, “LAVRADOR”, “A UMA GINA”, “SEREI UM DIA O MAR”, “O SALTO”, entre outras. Em 1993 a Valentim De Carvalho editou o CD “ANTOLOGIA DA MUSICA POPULAR PORTUGUESA” com 16 canções do grupo, mais tarde a Colecção Caravela editou um outro CD do Grupo com canções repetidas no CD anterior, enquanto que Canções da ultima fase do grupo como “MEU CORPO É MINHA SEIVA”, “LAVRADOR” ou “O SALTO” nunca foram editadas em CD o que é lamentável. Este Conjunto musical composto por Estudantes da mesma idade fizeram todo o serviço militar em Mafra e mais tarde foram para o Ultramar onde suavizaram com a sua música as saudades dos camaradas que lá se encontravam ao serviço da pátria. A canção “O SALTO” foi escrita quando estavam na tropa, daí o nome desta música. Mais tarde regressaram ás origens ou seja á sua bela Ilha da Madeira onde tocaram durante muitos Anos em casinos e hotéis do Funchal, o Sérgio Borges ainda há pouco tempo actuava todas as noites no Casino da Madeira, segundo informações que obtive recentemente, actualmente está a recuperar de problemas de saúde, o Gualberto que era o Baterista faleceu em 2004, agora foi a triste noticia do Teclista e que dava nome ao grupo Faleceu o João Paulo que há algum tempo se encontrava num Lar em Almada, faleceu dia 23 está sepultado no cemitério do Feijó secção nº6 a situação dos outros elementos é a seguinte o Carlos Alberto está no casino da madeira como pianista o Ângelo Moura tem uma editora e lojas de discos no Funchal e o Rui Brasão é Médico em Lisboa. Lamentável e inexplicavelmente os principais órgãos de Comunicação de Portugal ignoraram o falecimento do João Paulo, como tem ignorado ao longo dos anos a existência e a contribuição deste conjunto musical para o inicio e enriquecimento do Pop Rock em Portugal, ainda há pouco tempo a RTP fez 50 anos e convidou vários vencedores do Festival RTP da Canção mas do Sérgio Borges, nada, nem referência ao vencedor do Festival em 1970 há muito tempo que não fazem referência a este grupo que durante anos animou os Portugueses com suas inovadoras musicas e lhes deram muita audiência. Finalmente hoje dia 30 de Abril vi a Fátima Lopes no seu programa da SIC fazer uma pequena homenagem ao João Paulo devido ao seu falecimento. Em 2003 o Sérgio Borges gravou um novo CD que se chama “40 Anos a Cantar” tem canções antigas e outras mais recentes, foi gravado pela editora do Ângelo Moura e só foi editado na Madeira, não se encontra á venda no Continente, das canções deste novo trabalho destaco “OLHA-ME NOS OLHOS” de Bernardete Falcão e Sérgio Borges e “DELILAH” de Tom Jones ao vivo no Casino da Madeira numa espectacular interpretação na maravilhosa voz deste grande cantor e uma extraordinária orquestração de Paulo Ferraz.
3 Comments:
Excelenteb texto,parabéns. O texto que vem na imprensa é duma pobreza e falta de rigor vergonhosas.
Sou fã do Conjunto desde 1970, durante alguns anos pu-los na prateleira, o ano passado inexplicavelmente, redescobri-os e neste espaço de tempo, aprendi mais sobre o grupo do que em trinta e tal anos. Viva a Internet!
Em nome dos fâs do Conjunto Muito Obrigada!
Excelente texto, e bom comentário da Maria José, eu tenho todos os discos de vinil dessa grande banda portuguesa, até já me dei ao trabalho de a passar toda a sua discografia para cd, vi quase todos os concertos a partir de 1966 que eles deram no Monumental, e na altura os seus concertos estavam ao nivél do que de melhor se fazia por esse mundo fora, desde as luzes até à força que o Sérgio Borges colocava nas suas interpretações. Perdeu-se o João Paulo Agrela a RTP que é a detentora dos concertos que eles então deram e animaram serões não lhe prestou a devida homenagem.
bem hajamm...
viva o JOÃO pAULO
VIVA A SUA MUSICA...
Conheci pessoalmente estes jovens em Coimbra, por ocasião dum concerto que deram no antigo Teatro Avenida - João Paulo, Sérgio Borges, Rui Brazão, Ângelo Moura, José Alberto e Adalberto. Ficaram hospedados no Hotel Oslo. No fim do concerto estivemos com eles no camarim e logo se combinou que no dia seguinte, no fim das aulas, iríamos visitá-los. E assim foi. Um grupo de 4 ou 5 meninas ... seria talvez meio dia e tal quando chegámos ao hotel e pedimos para anunciar que já lá estávamos. Esperámos na lounge e passados poucos minutos eles apareceram. Foram uns minutos largos de conversa e convívio agradável. Passados muitos anos (talvez em 2006) encontrei o João Paulo em Almada, envelhecido e doente. Falámos de tempos passados, ele falou-me acerca dos outros componentes do Conjunto, daqueles que já tinham falecido e dos outros que seguiram com as suas próprias actividades. Era transportado regularmente numa ambulância dos Bombeiros de Almada até ao centro de radioterapia do hospital do Barreiro para ser submetido a tratamento ... sofria de câncer ! Quantas vezes fui vê-lo nessa ambulância, quando sabia a hora e o local onde poderiam parar para nos cumprimentarmos. E o João Paulo sempre bem disposto! Visitámo-lo algumas vezes, eu e o meu marido, no Lar onde que estava internado. Como ele ficava feliz quando nos via ! Um dia chego para mais uma visita e recebi a brutal notícia! Já nem ao funeral fui, já tinha sido há uns dias ... Descansa em paz, João Paulo !!!
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